Cavalos brancos correm pelo céu. Eles não têm asas, e se confundem com as nuvens.
Borboletas se arrastam pelo chão. Suas asas não suportam o peso da sua forma anterior.
Elas perderam a beleza e a graça, e agora são confundidas com folhas secas caídas ao solo.
Desatentos, alheios, nós as pisamos, e, ao perceber, sentimos nojo por ver o que tinha por dever se manter escondido.
Tudo é normal.
Olhamos para cima e contemplamos as nuvens.
De repente, elas se separam: são os cavalos brancos, correndo pelas estradas invisíveis dos céus.
O espanto é inevitável, e é ele quem começa a nos acordar.
Os cavalos iniciam a descida, e as borboletas o vôo.
As coisas começam a se inverter, e a voltar aos seus lugares.
Tudo ao seu tempo.
O sonho não acabou ainda...
Um comentário:
Nossa, prq tu não escreve toda vez assim?Sem aquele ilogismo clichê, triste e chato.
Nesse texto as idéias tão fragmentadas e o onírico dá a pitada surreal da parada, tudo na medida certa.
Muito Bom, parabéns!
Postar um comentário