“Meu Deus, qual foi o crime que cometi para me ser atribuída tão dolorosa sentença?”, falou H., “Quão confusos são meus sonhos e não diferente deles minha vida. Ontem, vi-me renegado e com cara de mosca e hoje, vejo-me aprisionado na figura monstruosa da barata. O que será, pois, que espero pra ser amanhã?”
Fez-se silêncio por alguns segundos. Não satisfeito H. voltou a reclamar.
“Como eu sofro, nasci rico e belo, mas tudo o que tinha perdeu-se nos labirintos da minha própria mente. Quem será, pois, o cruel escritor dessa absurda e surreal história que é minha vida?”
“Franz Kafka”, disse a pálida parede, surpreendendo-o.
Nenhum comentário:
Postar um comentário