quinta-feira, 3 de julho de 2008

Prova

Que cesse então a tempestade!

Já conseguiram provar-me de que sou nada!

Estou enfraquecendo,

Sozinho, no olho do furacão.

Talvez o que eu precise é ceder

Soltar mais minhas pernas e deixar-me levar

Voar para longe do solo

Para além das nuvens

Ou me tornar parte delas, brancas ou cinzentas

Para poder chorar sem medo ou timidez

Pelas desgraças do mundo habitado.

As nuvens choram o sangue dos homens inocentes

E a mentira que sobrepuja a verdade.


Se querem viver nesse mundo,

Então acostumem-se com o sofrimento.

Um comentário:

Igor Lessa disse...

Nossa, que blog bonito...
Passei um bom tempo aqui lendo os seus contos hoje. Gostei muito.
"O verme e o menino", "Em defesa de Cláudio Andrade", "Conto para a eternidade - minha eternidade", todos muito fortes e com partes de intensidade bastante envolvente. Parabéns.