O sol e todo o céu passaram a se esconder por trás das nuvens
Os dias agora são mais escuros e tristes
E já não tememos pisar o chão com os pés descalços.
A dor e o temor foram extintos
O calor e a fraternidade também.
Nós nos tornamos mais frios
O calor das máquinas é mais sedutor que o calor das pessoas
E já não confiamos uns nos outros
Não damos as mãos
Não nos abraçamos mais.
Éramos seres selvagens em nossa própria floresta
Agora vivemos em cativeiros
Limitados pelas grades
Feridos pelos chicotes
Entediados pelas correntes.
Nossa própria consciência nos impede de abrir as asas
De quebrar as correntes – sim, temos força pra isso! –,
Romper as celas e voltar ao inimaginável
Que antes era chamado de ‘lar’.
[solitude_]
2 comentários:
'quero explodir as grades e voar'
é... inverno em mim.
Comecei a ler esse blog hoje e já passeei os olhos por alguns textos que não me decepcionaram. Tudo indica que vou voltar por aqui.
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