quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Canção da madrugada solitária

Quando a noite desabrocha as asas da morte alçam vôo e tudo o que se pode ouvir são gritos.


A madrugada engole sonhos e esperanças e vomita a solidão sobre os homens.


Seus peitos sujos e suas almas manchadas pelo sangue dos inocentes os entregam para suas mentes cansadas pelo peso da culpa.


Mas em meio a tudo isso cai uma chuva para que, ao amanhecer, eles estejam lavados.

Limpos da culpa e livres de si.

E ao nascer do sol a tortura recomeça.

Os calos nascem fácil.

Mas eles aprenderam a não sentir

Nada.

Eu aprendi a não sentir

Nada.

3 comentários:

Frank Cunha disse...

Uma canção que convenhamos da bastante sono. \o/

Sucesso camarada.

Abraços,
http://polvoloko.blogspot.com/

An@Lu disse...

muito bonito isso. profundo, pesado. Mas bonito! gostei!!!

Roberta A. Mondadori disse...

Parece com aqueles livros, que vemos os personagens como se fosse um filme. A música mostra uma vida bastante sofrida. Triste, mas gostei.

Se for possível de uma passadinha em meu blog, é novo, não muito incomum, mas gostaria de contar com a sua presença.

Até Breve! Beijos...